Pisadas contra Trump

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Hoje, um dia depois da posse de Donald Trump, mulheres marcharam por todos os Estados Unidos e todo mundo, reivindicando seus direitos. Além de representantes de movimentos feministas, a passeata também contou com representantes do movimento negro e LGBTT.
A reflexão vêm da importância desse movimento, dessa marcha. Trump foi eleito democraticamente, mas isso não exclui o fato dele ser uma pessoa perigosa, que toma medidas fascistas para guiar políticas públicas.
Umas das motivações da Marcha das Mulheres foram os relatos de abusos sexuais feitos por Trump. Como é possível um homem que cometeu crimes contra as mulheres ocupar o cargo mais importante do mundo econômico? Eu entendo e compartilho o medo dessas mulheres.
Trump também tirou uma parte dedicada á causa LGBTT do site da Casa Branca, além de começar os processos de desconstrução do Obama Care.
Precisamos então refletir a importância e o absurdo da Marcha das Mulheres. A importância é um tanto quanto óbvia, milhares de manas foram as ruas em diversas cidades lutar pelo direito de liberdade, de corpo. Uma causa feminista de raiz, por assim dizer. Além disso, os gritos das leoas também foram de conforto para as mulheres abusadas por Trump.
Inúmeras mulheres saírem às ruas no país considerado o modelo econômico do mundo, onde o liberalismo deu mais do que certo, também é muito para se pensar. O sonho Americano não atingiu as mulheres, não foi feito para isso, Hoje, não agrada nem os homens, que votaram no republicano com esse intuito, de voltar a prosperidade desse sonho.  Ressaltando novamente que a marcha também teve a causa negra e a causa LGBTT.
O absurdo está no contexto inteiro. Trump ser eleito, apesar ter sido um resultado democrático, mostra como várias potências mundias estão voltadas para um ideologia mais "conservadora" (porém, um conservador do Wall Street Jornal repudiou o Trumpzinho), como aconteceu com a Inglaterra e o Brexit, com os movimentos políticos recentes na França.  Além disso, durante a campanha do bilionário, inúmeros escândalos vieram à tona, como os dos abusos sexuais, mesmo assim as pessoas votaram. Isso é preocupante.
Fora os discursos xenofóbicos, com ameaça de construção do muro separando Estados Unidos e México, da expulsão de imigrantes. Sim, uma das causas da marcha foram os imigrantes e o direito de ir e vir, principalmente em situação de guerra.
No dia da posse de Trump, ontem, também tiveram protestos que começaram pacíficos, mas depois ficaram violentos. Violentos por conta de um grupo de manifestante, que tem TOTAL direito de se manifestar como acham necessário, como acham efetivo, e também violento por conta da polícia e seu armamento. Pessoas reclamam de manifestantes com máscaras que tampam o rosto, mas polícia anda de capacete com colete anti-bala e escudo, também não dá para identificá-los.
Ou seja, com dois dias do novo presidente no poder, Estados Unidos e mundo já se mexeram, movimentos sociais não ficaram calados, não estamos mais nos tempos de Dr. King, e sua total pacificidade, nem dos Pantheras e seu afronte violento. Devemos combinar diálogo e luta, para fazer algo efetivo de fato.
Em uma análise mais perto de nós, o que João Dória está fazendo com os muros de São Paulo também é um abuso, um assédio á luta de inúmeros irmãos pretos, irmãs pretas e pobres de periferia. Uma cultura que nasceu da resistência, do inferno do Bronx, está sendo destruída com um jato de tinta cinza. Uma conquista de décadas e décadas, o direito de casamento LGBTT, seu reconhecimento, seu espaço, está sendo destruído em questão de minutos.
Pessoas estão votando em gentes que destroem lutas antigas e importantes, e elas não estão distantes, são os nosso vizinhos.

Vídeo tirado do site da UOL / Foto retirada do G1, por Jim Watson

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