Acabei de acordar e,  num movimento automático, pego meu celular. Como somos ligados à estes aparelhos.... 
Rapidamente abro o meu Instagram, curiosa para ver quantas curtidas tem minha foto, achando que isto é necessário para inflar meu ego. 
As redes sociais são todas infladoras de egos e superegos, atingindo todas as massas e classes sociais. Não existe pobreza em rede social. É um ambiente igualitário.
Ano passado fiz um trabalho sobre este fenômeno, sobre como nosso cordão umbilical passou a ser num aparelho celular,  e existe um conceito chamado Modernidade Líquida de Bauman, perfeito para o contemporâneo.
Cada dia mais somos dependentes, usuários ( 👥) destes pequenos aparelhos, que contém nossas vidas, nossos segredos, os sites que acessamos,  o que pensamos!  Mas não basta querermos nos ligar afetivamente à uma máquina, somos fadados ao desespero da visualização e da não resposta, da postagem de uma foto e da não curtida. As angústias hoje são transferidas para inúmeros "likes". 
A vida resumida em um status, este que não deve conter aspas.... Todos nós estamos condensados nessa modernidade infernal, líquidos até o talo, esperando por alguém que não existe, esquecendo de nós mesmos!